domingo, 17 de maio de 2009

Determinação do Grupo Sanguíneo na Escola

Tivemos recentemente acesso aos dados estatísticos obtidos pelas técnicas do Banco de Sangue na nossa escola, no âmbito da actividade de Determinação dos Grupos Sanguíneos. A actividade encontrava-se enquadrada na Semana da Ciência, tendo sido levada a cabo no dia 25 de Março de 2009 das 10 às 13 horas, aberta a toda a comunidade escolar.

Aqui divulgamos os números desse dia:


Através do qual podemos obter o gráfico seguinte, que agrupa a população segundo o sistema ABO, excluindo o factor Rh.


Se compararmos o gráfico dos resultados obtidos na escola com os dados oficiais do Instituto Português de Sangue (gráfico seguinte)...


Concluimos que a distribuição é praticamente igual e na amostra considerada não se verificam grandes discrepâncias em relação aos dados de toda a população.

Dissecação de um coração de porco

Na passada terça-feira, o grupo de trabalho procedeu à dissecação de um coração de porco, com a finalidade de observar a constituição interna e externa de um coração. De facto, esta observação fará parte da componente laboratorial da nossa exposição, a qual se inicia ainda esta semana.

Começámos por analisar a estruturna externa e notámos a existência das artérias coronárias, que fazem a irrigação do coração, assim como da artéria aorta e artéria pulmonar.


Já depois de aberto com um bisturi, observámos as aurículas e os ventrículos e outras estruturas. Porém, as primeiras não se encontravam nas melhores condições, devido ao corte efectuado pelo talhante.







Após terminadas as nossas observações, o coração ficou pronto a ir para a panela:

Até uma próxima visita!

O grupo de trabalho:



PS: agradecemos ao nosso colega Bruno Pinto pelas fotografias.

domingo, 10 de maio de 2009

Visita ao Banco de Sangue do Hospital de Abrantes

No dia 28 de Abril, o nosso grupo visitou o Banco de Sangue do Hospital de Abrantes a fim de compreender como decorre o processo da dádiva de sangue e posterior tratamento.
Fomos acompanhadas pela Dr.ª Ana Paula, a quem muito agradecemos o tempo dispensado e as explicações facultadas.

Tivemos bastante sorte de encontrar dois dadores no local, pelo que pudemos assistir à doação em tempo real e que gentilmente nos deixaram publicar aqui algumas fotografias e vídeos.

A doação de sangue decorre do seguinte modo:



  • O dador de sangue senta-se num local confortável que lhe permita estar relaxado;

  • A técnica do banco de sangue procura a veia mais adequada para a recolha;



  • Após encontrada a veia, o local onde o dador vai ser picado é desinfectado;

O primeiro sangue a ser retirado vai para um pequeno saco que serve de armazenador de sangue. Embora a zona esteja desinfectada e todo o material se encontrar esterilizado, ainda existem algumas bactérias que podem ser arrastadas pela agulha, daí esse primeiro sangue ser isolado, mas ainda assim servir para fazer as análises habituais ao sangue e verificar se existe alguma irregularidade.
  • Consequentemente, o sangue começa por encher o primeiro saco da unidade de sangue;
Uma unidade de sangue é constituída por 4 sacos. Este primeiro saco está localizado em cima de uma balança em constante movimento, de forma a evitar a concentração dos compostos no fundo do saco, para além de medir o peso, quantidade e velocidade do fluído.



Quando a balança pára de oscilar está terminada a doação, sendo recolhidos no total cerca de 450 ml de sangue em todo o processo, que demora, normalmente, 10 minutos;


  • Após a recolha, ao dador é oferecido um pequeno lanche, durante o qual fica em repouso, pois pode sentir-se um pouco zonzo e fraco.

*

Depois de assistirmos à doação de sangue, visitámos a sala onde o sangue é guardado depois de doado.


Vimos uma centrifugadora que está dividida em 6 partes. Em cada parte cabem dois sacos com sangue, ou seja, ao todo são 12 sacos que podem sofrer centrifugação em simultâneo.


A centrifugadora

Observámos também uma estufa onde o concentrado de plaquetas é guardado e cuja temperatura está compreendida entre os 20ºC e os 25ºC. Dentro desta, existe um agitador para que as plaquetas não se misturem nem se aglomerem. No interior, as plaquetas podem ser conservadas até um prazo máximo de 5 dias.


A estufa

Visualizámos ainda um frigorífico (a 4,4ºC) que está dividido em gavetas, nas quais estão diferentes tipos de sangue armazenados (na primeira gaveta o sangue 0+, na segunda 0-, etc.).

De um lado do frigorífico estão os sacos de sangue já com o tipo de sangue analisado e do outro o sangue com o tipo de sangue por analisar.

O sangue já analisado...

... e o sangue por analisar.


Aproveitámos a presença de uma dadora no local para fazer uma pequena entrevista:

Já deu sangue muitas vezes?

Sim, desde 1991. Esta é a minha 25ª dádiva e 18 delas foram feitas no Hospital de Abrantes.

O que a levou a doar sangue?

Foi o incentivo de uma senhora, ela disse que fazia bem dar sangue para uma nova renovação e também pelo facto de salvar vidas. Estou actualmente inscrita para dadora de medula mas ainda estou em lista de espera.

O que sentiu na primeira vez que deu sangue?

Numa primeira impressão senti-me nervosa mas depois não senti medo, pois já estava habituada com as agulhas.

Conhece muitas pessoas que dão sangue?

O meu marido dava sangue e também muitos dos meus familiares. Porém, eu sou a única mulher da família que o faz.

*

No final da nossa visita, foi-nos oferecida uma unidade de sangue (vazia, claro) a qual poderemos integrar na nossa exposição.



Unidade de sangue


(constituída por: quatro sacos, um filtro, uma agulha e um pequeno armazenador de sangue)


Mais uma vez, fazemos um balanço muito positivo das visitas de campo e que nos ajudam a compreender melhor alguns dos aspectos do nosso trabalho e da importância da doação de sangue!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Cientistas criam Sangue Artificial

Foi anunciado no passado dia 22 de Março que este projecto de investigação será liderado por Marc Tuner, professor da Universidade de Edimburgo e director do serviço de sangue e transfusões da Escócia, envolvendo outras entidades de saúde britânicas.

Na realidade, o sangue não terá nada de artificial, sendo que esta designação refere-se apenas ao facto de ser fabricado em laboratório, um sonho da comunidade médica mundial com mais de 50 anos.

Este género de sangue desenvolver-se-á a partir de células estaminais embrionárias, as quais serão estimuladas a dar origem a glóbulos vermelhos. (ver esquema)






Para tal, recorrer-se-á aos embriões excedentes de tratamentos de fertilidade. Entre esses, serão seleccionados os que estão geneticamente programados para desenvolver o tipo 0 negativo - o do dador universal, que pode ser dado a qualquer pessoa sem perigo de rejeição.

Relembremo-nos que este tipo de sangue é relativamente raro, sendo encontrado em apenas 7% da população mundial, mas em laboratório poderá ser desenvolvido em grandes quantidades devido à capacidade que as células estaminais têm de se multiplicar indefinidamente em laboratório.

Em teoria, segundo o jornal bitânico The Independent, um único embrião seria capaz de suprir as necessidades de um país inteiro.

Porém, existem pros e contras neste tipo de investigação científica.

Prós:

a o sangue é compatível com qualquer humano;

a é seguro e livre de infecções:

    4 o sangue nunca esteve no interior de um humano;

    4os glóbulos vermelhos não têm núcleo, logo, as hemácias sintéticas não se podem tornar cancerosas (dado que não têm DNA);

Contras:

a implicações éticas, devido à utilização e destruição de embriões;

a outro grupo de cientistas demonstrou que é possível fazer até 100 biliões de glóbulos vermelhos, porém, um litro de sangue doado contém cerca de 5 triliões dessas células – mais de 5000 vezes mais o número de células sintéticas produzidas por esses cientistas. Serão, agora, os cientistas capazes de levar à produção de tão elevado número de células?

Para o presidente do Instituto Português do Sangue (IPS), Gabriel de Olim, a investigação com células estaminais é um dos caminhos mais prometedores para criar sangue "artificial" mas duvida que se "encontre um substituto credível para o sangue natural nos próximos anos".

"Devem ser feitos todos os esforços possíveis para o conseguir porque seria óptimo, mas a doação será sempre o meio mais barato", alerta Gabriel Olim, lembrando que estes produtos nunca saem baratos. " Toda esta investigação paga-se, não tenho dúvidas", conclui, dizendo ainda que a aposta deve ser em “criar sangue ou produtos similares mais fáceis de armazenar e transportar para dar resposta a situações de emergência”.

Informação retirada de:




quinta-feira, 26 de março de 2009

Dia Nacional do Dador de Sangue - 27 de Março

Comemora-se amanhã o Dia Nacional do Dador de Sangue.


Se reparares, na escola vais encontrar diversos cartazes elaborados pelo nosso grupo, alusivos à data.







Queres saber 7 boas razões para te tornares num dador de sangue?



1. Não existe nenhum substituto sintético para o sangue – só o ser humano o pode doar.
2. Somente 1% da população portuguesa é dadora de sangue e, por dia, só em Lisboa e no Porto, são necessárias cerca de 1300 unidades
3. É um processo rápido, simples, sigiloso e seguro
4. É bom para o teu coração (sim, é verdade! Estudos recentes mostraram que pessoas que doaram sangue 3 vezes por ano reduziram o risco de ataque cardíaco em mais de 50%)
5. Passas a conhecer o teu grupo sanguíneo;
6. Dão-te um lanchinho e tens faltas justificadas nesse dia :)
7. Salvas vidas !

Agora que já conheces as vantagens de dar sangue, precisas de saber se o podes fazer. Aqui apresentamos uma lista de quem pode ou não dar sangue.


SIM :)


Hábitos de vida saudáveis
Peso: superior a 50kg
Idade: entre 18 e 65 anos

Homens: doação de 3 em 3 meses
Mulheres: doação de 4 em 4 meses



NÃO :(


- alguma vez utilizaste drogas por via endovenosa;
- és ou já tiveste relações sexuais com um seropositivo para o Vírus de Imunodeficiência Humana – VIH ou com um portador crónico do Vírus da Hepatite B e Hepatite C;


para além disto, não deves doar em caso de:


- história familiar de Doença de Creutzfeldt-Jakob;
- tratamento com hormona de crescimento;
- transplante de córnea;
- Epilepsia, Diabetes insulino-dependente ou Hipertensão grave;
- Malária nos últimos 3 anos;
- parto nos últimos 6 meses;
- cirurgia/endoscopia nos últimos 6 meses;
- tatuagem ou piercing nos últimos 6 meses;
- novo(a) parceiro(a) sexual nos últimos 6 meses.


Por fim , importa conhecer os locais onde se pode dar sangue:

- Instituto Português do Sangue: Centros Regionais de Sangue de Lisboa, Porto e Coimbra
- Hospital mais próximo, com serviço de colheita (por exemplo, o de Abrantes)


Se tiveres alguma dúvida, podes enviar-nos um e-mail ou consultar o site do Instituto Português do Sangue (http://www.ipsangue.org) para informações adicionais



Do que é que estás à espera? Dá sangue, dá vida!


quinta-feira, 12 de março de 2009

Mãos à obra!

Se é verdade que já não vos davamos notícias há muito tempo, também o é que estívemos muito ocupadas com a parte mais "burocrática" do nosso projecto.

De facto, nas últimas aulas estivemos a acabar a versão final do nosso projecto e entregámos o relatório mensal relativo ao mês de Fevereiro.


Hoje, finalmente, demos início à preparação da nossa exposição.

Começámos por um dos módulos, o da pirâmide alimentar, que nos ajudará a compreender a importância de uma boa alimentação, aliada à prática de exercício físico para um sangue bom!



Para a execução deste módulo, estamos a construir uma pirâmide alimentar 2D, utilizando cartolinas, onde se vão inserir os diversos grupos de alimentos.

O aspecto final da pirâmide será o seguinte:


Fiquem atentos às próximas novidades!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Visita ao Centro Ciência Viva de Vila do Conde

Tal como anunciámos no post anterior, no dia 19 de Dezembro de 2008 visitámos a exposição “A água no corpo humano – o sangue”, presente no Centro Ciência Viva de Vila do Conde.


Esta exposição interactiva permitiu-nos aprofundar conhecimentos relacionados com o tema, dando-nos também algumas ideias para a exposição que ambicionamos fazer no final do ano lectivo na nossa Escola.


A entrada do Centro




As experiências que fizemos nos laboratórios




A entrada para o circuito do sangue



Alguns dos módulos interactivos






As fotos acima mostram apenas uma pequena parte desta interessante e original exposição. Deixamos ainda um voto de recomendação aos possíveis interessados em visitar o Centro - não se vão arrepender!